Luís Filipe Vieira inquirido a 18 de Junho
Luís Filipe Vieira estava notificado para comparecer esta terça-feira na primeira sessão do julgamento na 13.ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa, mas o presidente do Benfica esteve ausente “por motivos imprevistos e inadiáveis”, como foi ordenado pelo juiz Nuno Salpico que ficasse exarado, sem que tivesse sido imposta uma multa pecuniária.
Juntamente com o dirigente do clube, quatro testemunhas arroladas pela Britalar, empresa de António Salvador, presidente do Sporting de Braga, serão interrogadas na próxima sessão de julgamento, porque as inquirições de hoje foram adiadas devido às más condições na videoconferência com o tribunal de Braga.
Este processo terá ainda uma audiência a 26 de Junho - serão ouvidas dois elementos indicados pelo Benfica, entre as quais o antigo vice-presidente do património Mário Dias, e um da Britalar - e outra a 2 de Julho, com a audição das restantes duas testemunhas do clube e a previsão de alegações finais.
Na acção interposta pela Britalar está em causa a construção do Centro de Estágio do Benfica, no Seixal, uma obra que foi inicialmente orçada em 12,96 milhões de euros, em meados de 2004, e mais tarde renegociada em mais 2,5 milhões de euros, como salientou no seu depoimento em tribunal António Salvador.
O empresário disse que, em Janeiro de 2005, o Benfica apresentou mais projectos de especialidade, sem que tenha especificado quais, e que a empresa comunicou ao clube que a empreitada teria de ser adjudicada por mais três milhões de euros.
Já com as obras em curso, em Fevereiro desse ano, António Salvador afirmou ter voltado a reunir-se com Luís Filipe Vieira e Mário Dias, que lhe disseram que essa verba adicional seria acordada num jantar. Nesse encontro, ficou acordado entre as partes que o valor seria reduzido de três para 2,5 milhões de euros, tendo esse acordo sido reduzido a contrato “quase dois meses depois”, como vincou António Salvador.