BE faz balanço positivo da primeira semana e acredita que vai crescer
Corresponde às nossas expectativas, que sempre foram, desde o início, muito realistas. Nós queremos obviamente ter mais votos, mais percentagem e queremos eleger a Marisa Matias, a segunda candidata da lista do BE”, disse à Lusa o cabeça-de-lista do BE, Miguel Portas, em jeito de balanço da primeira semana da campanha.
Uma expectativa que se apoia em duas premissas: o ‘feedback’ que têm recebido nos contactos com a população e as sondagens que têm sido divulgadas.
“Não é só o contacto com a população que nos induz a encararmos com grande confiança esse objectivos, são as próprias sondagens, por muito que as sondagens não só não votem, como em particular em eleições europeias se possam enganar redondamente, porque há algo que as sondagens nunca calculam ou medem que é o nível da abstenção”, afirmou.
Por outro lado, continuou o candidato do BE, esta semana na estrada, que foi o “culminar de vários meses” de contacto com pescadores, trabalhadores, desempregados, estudantes ou professores, a “visitar o interior de lés-a-lés”, confirmou “a mesma simpatia, a mesma vontade de perceber porque é que esta crise está a ocorrer e se está a desenvolver”.
Além disso, foi também uma semana para aprender, porque os políticos “devem ter a humildade de querer aprender com as pessoas”.
“Esse é um lado muito positivo e é um lado que serviu para eu continuar a aprender. Nós estamos num momento em que absolutamente os políticos devem ter a humildade de querer aprender com as pessoas. Isso deixa-me muito satisfeito”, sublinhou Miguel Portas, que na última semana já percorreu mais de 3.000 quilómetros, passando pelo Baixo Alentejo, Oeste, Ribatejo, Minho, Leiria, Algarve, Setúbal e Lisboa.
Como ponto negativo desta semana, o cabeça-de-lista do BE elege as “tricas e baldrocas” entre os dois “candidatos do meio”.
“A campanha tem sido rica em tricas e baldrocas. Esse tipo de animosidade verbal entre os dois candidatos do meio, do PS e do PSD, que por detrás não tem nada de substancial, mas que aumenta o nível da agressividade das declarações. É evidente que isso joga um papel negativo, quer no esclarecimento, quer na mobilização das próprias pessoas para o voto”, salientou, confessando temer que o efeito contamine as restantes candidaturas.
“Corre o risco de se transformar numa gangrena que vai contaminando o conjunto das campanhas”, lamentou Miguel Portas, que hoje fez uma ‘pausa’ na campanha no continente, para ir a um almoço-comício em Câmara de Lobos, na Madeira.
A partir de segunda-feira, a comitiva do BE regressa à estrada, passando quase toda a semana no Norte do país, que será interrompida por um regresso ao distrito de Setúbal.
O fim da campanha, na sexta-feira à noite, e que estava inicialmente previsto para Guimarães, está agora marcado para Braga, onde Miguel Portas já esteve nos primeiros dias de campanha oficial para as eleições para o Parlamento Europeu de 07 de Junho