“O futebol não profissional é uma mentira perfeita”, diz Gilberto Madaíl

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Presidente da FPF quer reformular os escalões não profissionais Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Madaíl apelou à reflexão e defendeu que a Assembleia-Geral da FPF, reunida na sede do organismo para discutir o manual de licenciamento de clubes e a reformulação das II e III divisões, deve aprovar regulamentação que possibilite erradicar o fenómeno do incumprimento salarial. “O futebol não profissional é uma mentira perfeita”, vincou Gilberto Madaíl, na sequência da intervenção na sessão magna de Joaquim Evangelista, presidente do sindicato dos jogadores, que lembrou a situação dramática no Rio Maior, com os 21 futebolistas em greve de fome devido a seis meses de vencimentos em atraso.

“Há que fazer alguma coisa, há que implementar qualquer modelo. O problema é que a assembleia não deixa experimentar qualquer modelo”, lamentou Gilberto Madaíl, acrescentando que é preciso “saber quais os clubes que têm capacidade para estar nas competições, seja nas profissionais como nas não profissionais”.

O dirigente federativo sustentou que há “uma inércia para se encontrar soluções para o problema” dos salários em atraso e, além de se referir à reformulação dos quadros competitivos, acentuou a importância da existência de um manual de licenciamento nas II e III divisões.

A proposta de licenciamento da Direcção da FPF, submetida à apreciação e votação pela assembleia, preconiza que apenas possam competir nos campeonatos da época 2009/2010 os clubes que provem a inexistência de dívidas a jogadores e técnicos e as decorrentes das transferências de futebolistas. O manual define critérios imperativos (quem não cumprir não recebe licença), obrigatórios (os clubes podem ser sancionados mas não excluídos) e aconselháveis (recomendações sem obrigatoriedade de cumprimento).

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