Sim, nós já sabemos que as famílias são uma coisa lixada, e a esse nível "O Casamento de Rachel", história do regresso a casa de uma drogada em reabilitação para assistir ao casamento da irmã, não traz nada de novo. O que traz de novo - ou, pelo menos, de invulgar - é o modo "home movie" como Jonathan Demme o filma, como se a câmara fizesse parte da família e estivesse lá sempre que as coisas ficam feias (e ficam bastantes vezes). O que traz de mais interessante é a interpretação reveladora de Anne Hathaway (nomeada para o Oscar) no papel da irmã perdida (bem secundada por Rosemarie de Witt no papel da irmã certinha; e que pena que Debra Winger quase não apareça). Mas a sensação que "O Casamento de Rachel" deixa é exactamente a de um casamento para o qual somos convidados sem conhecer bem a família, e do qual saímos sem termos percebido muito bem porque é que aceitámos ir; o ponche emocional está demasiado diluido na boémia, a evocação de Altman esbarra na incapacidade de gerir habilmente os vários fios cruzados.
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