Não conseguimos perceber porque éque a Academia de Hollywoodnomeou Brad Pitt para os Óscares;não conseguimos ver o que elesviram, e como conseguiram ver,para lá dos efeitos, das "próteses",das alterações de voz... Onde está ainterpretação? A nomeação, naverdade, não é importante. Não valea pena esgrimir argumentos (vamos,afinal: Sean Penn, em "Milk", eMickey Rourke, em "The Wrestler",é que são as grandes interpretaçõesdo ano). Mas os efeitos sãoimportantes, e Brad Pitt tem a caracomo uma máscara de velho emtoda a primeira parte e, à medidaque fica mais novo, são os outrosactores, porque as suas personagensficam mais velhas, que têm de usar asua - máscara. O resultado é um(involuntário) carnaval. Isto aniquilao fôlego romanesco. "O EstranhoCaso de Benjamin Button" é umfilme emocionalmente agrilhoadopela sua construção, filtros eacumulação de efeitos - não há outrarazão para colocar a novela deFitzgerald numa Nova Orleães àbeira do Katrina (é o ponto de ondese parte para o "flashback") a nãoser carregar a narrativa ainda commais... "sentidos".
"O Estranho Casode Benjamin Button" não tem tempopara mais nada porque está escravoda sua bulimia.