Já vimos isto no cinema de Jean-Pierre e Luc Dardenne. Já vimosestas personagens obsessivas,agarradas ao quotidiano paraarranjarem para si próprias umarealidade - Lorna, albanesa, queradquirir a nacionalidade belga, porisso é cúmplice de uma maquinaçãoque implica casamentos falsos eassassínio. Mas o milagre de"Rosetta", uma das duas Palmas deOuro que os Dardenne conseguiramem Cannes (a outra foi por "ACriança"), não se repete em "OSilêncio de Lorna". Não só porqueArta Dobroshi, actriz, não é EmilieDequenne (Rosetta).
Fundamentalmente porque o filme étodo ele uma estratégia deargumento e seus rodriguinhos,mecanismo em andamento, o quenos faz apanhar os Dardenne emfalso, coisa desagradável, sob o signoda falsidade.