Meirelles, por défice de universo próprio (por insegurança em relação a uma "visão" pessoal), optou uma abordagem "arty" da obra de José Saramago, com filtros, actores tapados por paredes ou grelhas - eles são cegos, percebem... - e coisas assim. É uma posição defensiva, na verdade. E o resultado, bastante escolar, é asséptico, pedaço de "música de elevador" em imagens. Cada um, lendo "Ensaio sobre a Cegueira", faz o seu próprio filme. O nosso estaria na área do fantástico-político, ali pelas zonas, nada "arty" e mais pulsionais, de Carpenter ou Romero.
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