Polónia retira tropas do Iraque no próximo ano

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O partido de Tusk, que venceu as legislativas antecipadas, comprometeu-se a ordenar uma “retirada rápida” do Exército do Iraque Kacper Pempel/Reuters

“Posso dizer-vos que em 2008, no próximo ano, o contingente militar polaco no Irão vai retirar-se”, disse na rádio pública Jedynka o ministro que assumiu ontem funções no seio do novo Governo liberal de Donald Tusk.

Os detalhes da retirada deverão ser anunciados na próxima sexta-feira, quando o primeiro-ministro Tusk apresentar ao Parlamento as grandes linhas do seu Governo.

O partido liberal Plataforma Cívica, que venceu as eleições legislativas antecipadas na Polónia a 21 de Outubro, comprometeu-se a ordenar uma “retirada rápida” do Exército polaco do Iraque. O Executivo cessante do primeiro-ministro conservador Jaroslaw Kaczynski defendia a manutenção da missão das tropas polacas em território iraquiano.

No início deste mês, um soldado polaco foi morto no Iraque, elevando para 22 o número de tropas polacos mortos no país desde o início da operação militar contra o regime de Saddam Hussein, em 2003. Em Outubro, o embaixador polaco no Iraque, Edward Pietrzyk, ficou gravemente ferido e o seu motorista morreu, quando uma bomba explodiu à passagem da sua viatura em Bagdad.

Novecentos soldados polacos mantêm-se actualmente na região de Diwaniyah, contra os 2600 que a Polónia mobilizou para o país há quatro anos.

Uma sondagem realizada em Junho indicava que 81 por cento dos polacos opõem-se à presença dos seus soldados no Iraque, enquanto 15 por cento se manifestaram favoráveis à permanência dos militares.

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