Cidades europeias com centro histórico recomendam áreas urbanas para ricos e pobres

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No encontro foi sublinhado que por existirem cidades europeias com zonas históricas degradadas deve intervir-se na regeneração física e social Estela Silva/Lusa (arquivo)

A recomendação foi aprovada no final de um encontro de dois dias, que juntou representantes das cidades de Vila do Conde, Vilnius (Lituânia), Graz e Viena (Áustria), Nápoles e Régio Calabria (Itália), Bastia (França), Roterdão (Holanda) e Manchester e Edimburgo (Reino Unido).

Manuel Maia Gomes, representante da Câmara de Vila do Conde no encontro, disse que é comum encontrar nas cidades europeias zonas históricas degradadas, sendo necessário intervir simultaneamente na regeneração física e social dessas áreas.

"A degradação física das cidades corresponde normalmente a uma degradação social", salientou Maia Gomes, referindo que os participantes no encontro defenderam a adopção de políticas que permitam estimular a convivência de habitações para pessoas com posses e para pessoas com menos recursos financeiros.

A recomendação foi feita no encontro de encerramento do grupo de trabalho transversal do programa comunitário Urbact, destinado a apoiar intercâmbios transnacionais que visem combater a concentração de problemas económicos e sociais em aglomerados urbanos.

Maia Gomes referiu que este programa envolve perto de 200 cidades europeias, divididas em onze grupos, estando Vila do Conde integrada no subprograma Chorus, centrado em operações de recuperação urbana de zonas de património cultural.

Os participantes no encontro recomendaram também que sejam criadas condições para que todas as pessoas tenham acesso à Internet, o que permitirá combater as desigualdades na participação democrática em decisões e conhecimentos genéricos.

No âmbito do objectivo global de melhorar a política das cidades em áreas degradadas, os participantes defenderam também uma aposta na educação que possibilite reduzir o insucesso escolar, o encorajamento do trabalho social e da formação profissional e o fomento de pequenos negócios, nomeadamente de comércio.