Lisboa: túnel do Marquês abre ao público em Março de 2007

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As obras prolongaram-se mais de dois anos do que o previsto André Kosters/Lusa (arquivo)

O autarca falava aos jornalistas durante uma visita ao túnel do Marquês, com a participação dos vereadores da oposição na Câmara Municipal e de deputados da comissão de urbanismo e mobilidade da Assembleia Municipal de Lisboa.

O novo prazo para a conclusão da obra, que começou em Agosto de 2003, representa um atraso de mais de dois anos face à data inicialmente prevista. Na altura, a autarquia lisboeta previa que as obras estivessem concluídas no prazo de um ano e meio.

Também os custos vão ser superiores ao previsto (cerca de 19 milhões de euros), já que a paragem das obras durante sete meses devido à providência cautelar interposta por José Sá Fernandes, vereador do Bloco de Esquerda, acarretará o custo de cerca de quatro milhões de euros, para além de despesas decorrentes de obras que não estavam previstas. Uma das ausências hoje notadas foi precisamente a de Sá Fernandes, actual vereador na autarquia eleito pelo Bloco de Esquerda, partido que se fez representar por um arquitecto do gabinete municipal.

"Actualmente, 80 por cento da obra está concluída", afirmou David Damião, responsável pela obra.Falta concluir o troço do túnel que passa junto à galeria da Linha Amarela do metro, sob a Avenida Fontes Pereira de Melo, junto ao Sana Hotel, que necessitará de obras de reparação das fissuras.

Cerqueira Baptista, director das infra-estruturas do Metropolitano de Lisboa, explicou que o projecto "está a ser finalizado", depois de uma primeira versão ter sido "optimizada" por recomendação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). De acordo com o responsável, em Setembro ou Outubro será lançado concurso e escolhido o empreiteiro, estimando-se que a intervenção na estrutura do Metro se prolongue por "três ou quatro meses".

Após este trabalho, a Câmara de Lisboa estima que este troço do Túnel do Marquês na Fontes Pereira de Melo fique concluído em dois meses.

Durante a visita, Carmona Rodrigues e os responsáveis municipais pela obra preocuparam-se sobretudo em apresentar argumentos para garantir a segurança da infra-estrutura, nomeadamente quanto à inclinação, ventilação, procedimentos em caso de emergência e estabilidade.

"Esta infra-estrutura vai ficar na história por vários motivos, até pela densidade de atenção que mereceu", afirmou o presidente da autarquia, que sublinhou que, em termos de engenharia, "é uma obra relativamente simples". Carmona Rodrigues manifestou o desejo de que a obra continue a decorrer, como até agora, sem acidentes de trabalho. "Cem por cento seguro, é esse o lema", destacou o autarca.