Aliados de Milosevic no tribunal de Haia

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Familiares de albaneses mortos durante a guerra esperam pelos restos mortais dos seus ente-queridos Visar Kryeziu/AP

Os arguidos são o ex-presidente sérvio Milan Milutinovic, o seu antigo primeiro-ministro Nikola Sainovic, dois antigos chefes, os generais Dragoljub Ojdanic e Nebojsa Pavkovic, e ainda os generais Vladimir Lazarevic e Sreten Lukic. A acusação deverá utilizar muito do material recolhido no processo contra o antigo líder jugoslavo, que morreu no dia 11 de Março sem conhecer qualquer sentença.

A justiça internacional acusa os seis homens de terem tentado, em colaboração com Milosevic, modificar a composição étnica do Kosovo com o objectivo de "assegurar a manutenção do controlo sérvio sobre a província", onde os albaneses constituem 90 por cento da população. Os arguidos são acusados concretamente de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, libelo que recusam: declararam-se inocentes.

Além da deslocação forçada de 800 mil albaneses, os seis são ainda responsabilizados por uma "campanha sistemática de terror e violência" no território, que incluiu a morte de centenas de civis, incluindo mulheres e crianças, violências sexuais e destruição de lugares de culto. Os sérvios recorreram a bombardeamentos para intensificar a campanha de terror contra a população, acusando depois a NATO de ter sido ela a responsável pelo êxodo.

Os albaneses do Kosovo exigem a independência, Belgrado contrapõe uma larga autonomia. Em Fevereiro, negociações sobre o futuro estatuto da região começaram sob a égide das Nações Unidas, ainda sem resultados concretos.

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