Em conferência de imprensa, Júlio Gago salientou, por outro lado, a importância de conseguir apoios para a abertura de um museu que reúna todo o espólio acumulado pelo TEP ao longo de mais de meio século.
Para além do acervo natural de um teatro, o TEP possui quadros e esculturas de artistas plásticos como Augusto Gomes, José Rodrigues, António Pedro, Artur Bual, Barata Feyo e Júlio Resende, entre outros, além de documentos da Censura emitidos no anterior regime.
O representante da Câmara de Gaia presente na conferência de imprensa manifestou o empenho do vereador da Cultura da autarquia, Mário Dorminsky, no apoio à criação do museu, tendo Júlio Gago recordado que recentemente sensibilizou o secretário de Estado da Cultura para o efeito.
O TEP, que se encontra há seis anos em Gaia, depois de 46 anos no Porto, iniciou a sua actividade em 1953, tendo-se tornado companhia profissional quatro anos depois, numa altura em que contava com 3500 sócios.
Júlio Gago adiantou que o teatro decidiu retomar o projecto de elaboração da sua fotobiografia, uma ideia com vários anos mas que nunca pôde ser concretizada devido a problemas entretanto colmatados pela doação, por entidades e privados, do material necessário.
Segundo o director do TEP, a fotobiografia deverá estar concluída dentro de três anos.
O TEP espera estrear ainda este ano três peças, na última das quais, "Morgana", de Paulo Mira Coelha, participará o actor Ruy de Carvalho, num regresso ao TEP 42 anos depois de nele ter desempenhado as funções de director artístico e encenador.
Para a programação prevista, o TEP conta com o apoio de mecenas, nomeadamente de "duas importantes empresas a operar em Gaia", com as quais estão em curso negociações.
A "marca TEP" passará a ser usada nomeadamente em produtos comerciais, como o vinho do Porto ou açúcares, disse.