Berardo quer negociar presença da colecção em Sintra

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Um dos destinos pode ser o CCB António Pedro Valente/PÚBLICO (arquivo)

Ontem, uma notícia no Expresso dizia que Berardo decidiu não renovar o actual protocolo com o museu camarário. O comendador disse ao PÚBLICO que esse protocolo assinado em 1996 termina em Setembro deste ano e que, segundo o acordado, tinha de informar seis meses antes se pretendia renová-lo ou não. "E o que eu disse foi que nas actuais condições não era renovado. Como está não pode ser", disse Berardo.

Ao que apurámos, Berardo quer ver resolvidas questões que têm a ver com a manutenção do edifício, que coloca em risco as obras - ainda esta semana, devido à intensa chuva, foi preciso colocar baldes em algumas salas -, e outras questões que têm a ver com a gestão do orçamento (suportado em partes iguais pela câmara e pelo museu) e fontes de receitas.

Mesmo assim, Fernando Seara acredita que Berardo não vai sair do Sintra Museu de Arte Moderna. Aliás, numa reunião realizada há dois meses, o empresário reiterou a Seara essa vontade que, segundo o presidente da câmara, está escrita em acta do Conselho de Orientação do museu.

"A câmara está interessada. Acho que vamos chegar a um entendimento. Há dois meses Berardo reiterou a intenção de manter obras em Sintra independentemente de estar a negociar com o Governo a presença da colecção em Portugal" (ver texto página ao lado), diz Seara. Maria Nobre Franco, directora do museu, também acredita numa solução: "Há um protocolo para ser renovado e vai ser renovado em moldes diferentes. A colecção, haja o que houver, continuará. Aliás, estamos já a preparar projectos para 2007."

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