A obra, distinguida com um prémio no valor de 10 mil euros, está editada em Português pela D. Quixote.

Lúcia Lepecki, do comité de jurados que avaliou as obras a concurso, afirmou que "foi uma escolha difícil", mas que a decisão foi tomada por maioria.

A sétima edição do Correntes d'Escritas começou hoje, na Póvoa de Varzim, e recebe pela primeira vez a visita oficial da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, apesar de o evento não ter qualquer apoio do ministério. O orçamento é suportado pela autarquia e por algumas empresas do concelho, como o Casino da Póvoa.

Até sábado, haverá colóquios com escritores, uma feira do livro, lançamentos, conversas, sessões de poesia, encontros em escolas e tertúlias literárias.

A responsável pela tutela da Cultura referiu-se à iniciativa com "apreço" e classificou de "exemplar" a sua organização. Pires de Lima elogiou a aposta autárquica na cultura afirmando "que é possível sermos centro, fora do centro". "É possível transformar pequenas cidades em focos culturais por alguns dias", acrescentou.

Para a ministra da Cultura, as Correntes d'Escritas conseguiram privilegiar "o espaço literário e cultural ibero-americano". Pires de Lima também destacou o modo como o evento soube envolver escolas da região e as populações locais.

Para além do prémio literário principal foi também divulgado o nome do vencedor do Prémio Corrente d'Escritas/Papelaria Locus que foi para a obra "Fuga ao Tema", de Matias Dourado (S. Salvador da Baía, Brasil).