Dezenas de bombeiros foram mobilizados para a zona de negócios de Azca, muito perto da conhecida avenida Castellana, para combater as chamas que começaram ontem à noite por volta das 23h20 (22h20, em Lisboa) no piso 21 do edifício que acolhe escritórios. A torre Windsor, com 31 andares, estava a ser alvo de obras de remodelação desde 2003. A origem das chamas ainda é uma incógnita, mas fontes policiais, citadas pelo sítio do “El Mundo” apontam para um curto-circuito.

Um porta-voz dos bombeiros de Madrid afirma que as chamas ficaram sob controlo por volta das 03h00, mas uma hora e meia depois podia ver-se ainda o fogo a sair das janelas do meio da torre, naquele que já é considerado o mais violento incêndio da história recente de Madrid. Hoje de manhã, em declarações aos jornalistas, Alberto Riuz Gallardon afirmou que, apesar dos esforços dos bombeiros durante toda a noite, o incêndio ainda não está controlado e que a situação é de “alto risco”. “Não conhecemos ainda a situação estrutural do edifício”, afirmou a propósito da preocupação de uma derrocada total do prédio.

Segundo o canal de televisão Telemadrid, três bombeiros foram intoxicados sem gravidade pelo intenso fumo que rodeava o local do sinistro. Não foi registada ainda nenhuma vítima mortal.

”É importante que as pessoas mantenham a calma e não se aproximem do incêndio para sua própria segurança”, disse o porta-voz dos bombeiros, perante as centenas de curiosos que quiseram ver de perto, durante toda a noite o desenrolar das operações dos bombeiros.

A Telemadrid mostrou, entretanto, imagens do momento em que uma parte do edifício se abate, no meio de nuvens de fumo. Por precaução a polícia mandou evacuar todos os edifícios vizinhos da torre, onde trabalham cerca de 1000 pessoas.

A Torre Windsor, com 106 metros de altura, fica situada no coração financeiro de Madrid e começou a ser construída em 1979. Desde meados de 2003 que a torre estava a sofrer obras de remodelação que estavam quase terminadas. Uma grua no topo do prédio ameaça cair para cima do edifício vizinho que abriga um centro comercial.