"O tribunal decidiu rejeitar o recurso. Esta decisão é definitiva e não é passível de apelo”, anunciou Andriy Hnatenko, presidente instância, após cinco horas de deliberação.

Segundo o responsável, “o tribunal não encontrou fundamento jurídico para anular a decisão da Comissão Eleitoral Central”, que há cerca de uma semana rejeitou um primeiro recurso apresentado por Ianukovich.

Os juízes acabaram, desta forma, por não chegar a examinar o “dossier”, num total de 96 volumes, que lhes fora entregue pela defesa do candidato, que denunciou a existência fraudes maciças na repetição da segunda volta das presidenciais.

As eleições de 26 de Dezembro inverteu os resultados obtidos a 21 de Novembro, quando Ianukovich foi declarado vencedor, num escrutínio que os observadores internacionais consideraram inválido.

Após três semanas de protestos populares nas ruas de Kiev e em toda a região ocidental da Ucrânia – numa manifestação já conhecida como Revolução Laranja, a cor da candidatura de Iuschenko –, o Supremo Tribunal ordenou a repetição da segunda volta das presidenciais.

Iuschenko acabaria por ser declarado vencedor do escrutínio de 26 de Dezembro, declarado “mais próximo dos padrões internacionais”, obtendo 52 por cento dos votos, contra os 44,2 por centro atribuídos a Ianukovich.