Paulo Portas diz que Sousa Franco é "pai, mãe, avô, avó, gato e periquito do défice"
Reagindo às declarações de Sousa Franco, que se mostrou ofendido pelo líder do CDS/PP lhe ter chamado "pai do défice", Portas afirmou que corrigia a afirmação: "não é apenas o pai do défice. É o pai, a mãe, o avô, a avó, o gato e o periquito do défice".
"E a família do défice está para as finanças públicas como a família Adams está para os filmes de terror", acrescentou, depois de Telmo Correia, líder parlamentar dos centristas, frente a centenas de pessoas no jantar organizado pelo PP/Porto, ter falado da "extrema esquerda mais radical, aquele pequeno grupo de gente divertida para quem Portugal é um autêntico filme de terror".
Para o líder parlamentar popular, o PS age cada vez mais a reboque dessa extrema-esquerda, para quem "as empresas privadas são a mafia siciliana e os políticos que não sejam de esquerda são todos uns vampiros".
A noite foi de ataque do CDS/PP em várias direcções, tendo Telmo Correia questionado o Bloco de Esquerda, sobre como é que um partido de três deputados "tem de um momento para o outro mais campanha que a coligação (PSD-CDS/PP) e o PS".
"Creio que é tempo de fazer uma pergunta: que eu saiba, não herdaram. Tia rica não têm. [O dinheiro] caiu do céu? Também não acreditam no céu. Como é que a extrema-esquerda enriqueceu de um dia para o outro? Que interesses a movem?", perguntou.
Paulo Portas: "a coligação está a crescer e a esquerda a recuar"Ferro Rodrigues foi menorizado nos discursos dos dirigentes populares, mas mesmo assim mereceu que Paulo Portas lhe atribuísse o cognome de "Ferro, o Breve", referindo que todas as previsões indicam a sua saída da liderança socialista a prazo.
"Ferro Rodrigues começou por dizer que as europeias iam ser a desforra das legislativas. Hoje já diz que vão ser a primeira volta para as autárquicas de 2005. Pensava que ia ganhar, mas claramente percebeu que vai perder", disse o líder do CDS/PP.
Isto porque, defendeu, "a coligação está a crescer e a esquerda a recuar", o que, na sua opinião, faz com que "quem entrou na campanha triunfalista já não tenha certezas e a direita, que entrou humilde faça uma campanha serena". "E no fim se verá quem vê um cartão amarelo ou quem fica com um sorriso amarelo", acrescentou.
Portas acusa "jantar dos ex" de servir para "utilização política"O ministro da Defesa acusou referiu-se ainda aos promotores de um jantar de militares na reserva, realizado em protesto contra as suas políticas, de aceitarem poder "ser usados politicamente" pela oposição.
Portas salientou que naquele momento falava enquanto ministro da Defesa e sublinhou que o facto de ele ter ocorrido em plena campanha eleitoral "tornou-o susceptível de utilização política".
Salientando que era a primeira vez que reagia ao jantar de militares, o líder do CDS/PP afirmou: "eles que jantem, eles que protestem. Prefiro mandar construir no Norte os patrulhões para a costa portuguesa ou os navios anti-poluição, criando postos de trabalho".