Com todos os rodriguinhos de possessões e de taras expostas, "Gothika" tem ainda o típico defeito de explicar tudo: a descoberta dos assassinos é mais que previsível e antecipada antes de ser mostrada, até a canção que acompanha o genérico final faz questão de reflectir sobre a maldade do "mundo". De resto, um trabalho de câmara indistinto, embora carregado de efeitos, um elenco, encabeçado pela oscarizada Halle Berry, que se limita a arrastar a imagem pelo tédio de uma realização sem qualquer ideia de cinema. Há uma vantagem relativa: Penélope Cruz tem um papel secundário e aparece pouco. Pouco auspiciosa estreia de Mathieu Kassowitz além-Atlântico. Quase tivemos saudades de "O Ódio", que, pelo menos, tinha um ponto de vista.
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