Supremo Tribunal da Geórgia anula resultados das legislativas

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A decisão do Supremo foi aplaudida pelas pessoas presentes na sala Sergei Ilnitsky/EPA

Segundo o juiz Nino Kadaguidzé, esta decisão é "definitiva e não pode ser contestada". Depois de ter sido lida a sentença ouviram-se aplausos na sala do tribunal.

A decisão foi tomada na sequência de vária queixas contra o partido do ex-Presidente Eduard Chevardnadze, acusado de ter falsificado o escrutínio. Perante a recusa de Chevardnadze de abandonar o poder, a oposição organizou manifestações que o obrigaram a demitir-se.

A organização não governamental Fair Elections (Eleições Justas), que também apresentou uma queixa depois de ter feito a sua própria contagem de votos, está a ponderar a hipótese de acusar os responsáveis da Comissão Eleitoral Central, anunciou Zurab Tchiaberachvili, um dos dirigentes daquela ONG.

Na última quinta-feira, depois de ter demorado três semanas para contar os votos, esta comissão eleitoral anunciou os resultados definitivos do escrutínio do dia 2 de Novembro, dando à formação pró-Chevardnadze Para uma Nova Geórgia 21,32 por cento dos votos, e ao Partido Renovador, de Adjarie Aslan Abachidze, 18,84 por cento. O Movimento Nacional, de Mikhail Saakachvili, dirigente da oposição radical, ficou no terceiro lugar com 18,08 por cento, seguido pelo Partido Trabalhista e pelo Bloco Democrático, de Nino Burdjanadze, a actual Presidente interina da Geórgia.

Segundo a contagem paralela feita pela Fair Elections, o Movimento Nacional venceu as eleições, com 26,6 por cento das intenções de voto, seguido pelo partido do antigo Presidente (18,9 por cento), pelos Trabalhistas (17,3 por cento) e pelo Bloco Democrático (10,15 por cento). O Partido Renovador ficou-se pelos 8,13 por cento dos sufrágios. Um advogado da Comissão Eleitoral reconheceu hoje no canal de televisão privada Rustavi 2 que os acusadores deram "muitas provas que confirmavam as falsificações".

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