Moderna: MP responde às críticas dos advogados de defesa
Na resposta aos advogados, Manuel Dores evitou responder directamente às críticas que lhe foram dirigidas, afirmando que não iria comentar questões "extra processuais", embora "tenha ouvido expressões" que o mereciam.
Entre outras críticas, os representantes dos 13 arguidos classificaram a acusação como um pequeno monstro", sustentando que foi "mal fundamentada" e padece de "deficiências graves", não tendo tido em conta a prova feita em tribunal.
"A nossa actuação (do MP) foi sempre a procura da verdade e a nossa grande preocupação foi o exercício do contraditório e, se tal aconteceu, temos aqui um julgamento justo", sustentou.
Ao mesmo tempo, Manuel Dores acusou os advogados de desvalorizarem os factos provados em tribunal e considerarem que tudo "foi normal" na gestão da Universidade Moderna. "Há factos provados desvalorizados e dizer que tudo foi normal na universidade significa que estamos aqui há quinze meses a julgar um facto normal", ironizou.
Manuel Dores reafirmou que durante o julgamento a maioria dos factos foram dados como provados.
O julgamento do caso Moderna, que decorre desde 10 de Abril de 2002 e envolve 13 arguidos (quatro deles em prisão preventiva) tem uma sessão marcada para 18 de Agosto, no Tribunal da Boa Hora, para análise dos habituais relatórios sobre a inserção social dos arguidos.
A 9 de Setembro, também na Boa Hora, começam as declarações finais dos arguidos, seguindo-se a leitura do acórdão, ainda sem data marcada, mas que deverá ocorrer apenas em Novembro.