Cruzando imaginários, de "10.000 Léguas Submarinas" a "Odisseia", resulta num "digest" cultural de lendas e bestiários, eficaz embora sem grandes arroubos de originalidade. Visualmente, "Sinbad" reserva momentos de inventividade (como a cena em que uma ilha se transforma num gigantesco monstro marinho) e é irrepreensível em matéria de texturas e volumes. O argumento (de John Logan, guionista de "Gladiador") é suficientemente espirituoso para compensar a previsibilidade e a personagem principal - um corsário sem escrúpulos - tem espessura q.b. para sugerir alguma ambiguidade. E, uf!, a pedagogia está a salvo: o tesouro a recuperar é um Livro (da Paz).
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