Onze membros dos Mujahidine do Povo presos em França

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Os membros e apoiantes dos Mujahidine do Povo têm-se manifestado contra as detenções Michael Kappeler/AFP

O advogado de Maryam Rajavi, Henri Leclerc, contou que o juiz Jean-Louis Bruguière ouviu a dirigente entre as 03h30 locais (02h30 de Lisboa) e as 05h30 locais (03h30 em Lisboa).

Após o interrogatório, em que Maryam Rajavi era suspeita de pertencer “a uma associação de malfeitores relacionada com um projecto terrorista e de financiamento de terrorismo”, a dirigente foi transferida para a casa de detenção de Fleury-Mérogis, na região de Paris.

Ontem, estavam detidos 17 partidários da oposição iraniana para interrogatório. Deles, onze ficaram presos e seis saíram em liberdade. Sobre os onze pendem acusações “de terem participado no financiamento e ajuda em acções violentas no Irão, qualificadas como actos de terrorismo”.

Os restantes seis suspeitos foram libertados mas continuarão a ser vigiados pela polícia. Entre eles está um irmão do dirigente da organização islâmico-marxista, Saleh Radjavi, o porta-voz do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (o braço político da organização), Afshin Alavi, e o responsável pelos “negócios estrangeiros do CNRI, Seyed Mohadessine.

Na semana passada a polícia francesa deteve 200 elementos dos Mujahidine do Povo. Os serviços secretos franceses alegam que a oposição iraniana planeava atacar embaixadas do seu país na Europa.

Dez partidários deste movimento imolaram-se pelo fogo em diversas cidades europeias como forma de protesto contra as rusgas efectuadas na região de Paris. O Irão rejubilou com a atitude da França; os Estados Unidos também consideram que os Mujahidine do Povo são uma organização terrorista

O advogado Henri Leclerc avisou já que vai recorrer da decisão junto do Tribunal de Recurso de Paris.

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