Sobre "Memento" podia dizer-se que era um filme sobre o mal-estar de um corpo (um homem cuja memória está a ser apagada) mas também um filme em que a incomodidade arriscava perder-se no mecanismo virtuoso (para resumir: o flash-back), que nem sempre se distinguia do "número" de realizador. Pelo contrário, "Insomnia" quase que deita a perder os trunfos - a angústia da claridade e da paisagem, a vibração de uma patologia disseminada, pelos vistos a especialidade de Chris Nolan - pelo previsível campo-contra-campo entre um detective (Pacino) e a sua "nemesis" (Williams). Afinal, preso por ter cão, preso por não ter? Não, apenas a constatação que há uma debilidade em Nolan, que faz com que ainda não tenha ultrapassado a categoria de caso "curioso".
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