Novo Governo de centro-direita da Holanda investido hoje
A Holanda torna-se assim o quinto país da União Europeia dirigido por uma coligação que integra um partido populista de direita, depois da Itália, Áustria, Dinamarca e Portugal.
As eleições-gerais, no passado dia 15 de Maio, tornaram o partido democrata-cristão CDA, chefiado por Balkenende, a primeira formação política do país, com 43 assentos dos 150 que formam o Parlamento.
O CDA foi seguido pelo partido populista da Lista Pim Fortuyn (LPF) que fez a sua estreia no parlamento com 26 assentos.
O partido liberal (VVD), já presente no Governo precedente, completa a maioria com 24 assentos.
Os cargos ministeriais contam com a presença de apenas uma ministra, a democrata-cristã Maria van der Hoeven, à frente da pasta da Educação, e de 13 homens.
Pela primeira vez na Holanda, um cidadão de origem estrangeira fará parte do Governo. Philomena Bijlhout, nascida no Suriname, de 44 anos de idade, é a nova secretária de Estado para a Emancipação e para a Família. É representante pela LPF que fez da luta contra a imigração um dos seus principais temas de campanha.
Neste domínio será criado um Ministério da Imigração, do Asilo e da Integração que será chefiado por Hilbrand Nawijn, da LPF, um antigo director dos serviços de imigração e das naturalizações, partidário de uma política restritiva nesta matéria.
Os liberais do VVD escolheram Hans Hoogervorst, antigo secretáio de Estado dos Assuntos Sociais do Governo de Wim Kok, como ministro das Finanças.
A política que o próximo primeiro-ministro deverá colocar em marcha prevê um endurecimento da política da imigração, uma reforma do sistema da saúde e de ensino e um reforço da segurança.