Um nojo

Em "Doidos por Mary" dos irmãos Farrelly era ainda possível encontrar alguma função para o escatológico e uma dimensão icónica para aquela que foi (sublinhe-se, foi) uma das raras aspirantes a estrelas no panorama pobrezinho da Hollywood do princípio de milénio, Cameron Diaz. Em "A Coisa Mais Doce" já só existe o vómito, o riso alvar, o uso gratuito da vedeta para a achincalhar e nos achincalhar. A sequência da casa de banho dos homens com o "glory hole" ou o inenarrável karaoke ficam para a história como lugares de não retorno na exposição de uma obscenidade sem sentido nem função. E o mais grave é que no final se tenta dourar a pílula e passar para o lado moralizante da comédia romântica bem comportada. Um nojo.

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