Carvalho da Silva acusa Governo de atacar os mais desfavorecidos
"O poder e a riqueza continuam a aumentar em Portugal e aqueles que estão numa situação de injustiça continuam a ser os mais penalizados", acentuou, censurando os ataques à administração pública.
Carvalho da Silva criticou ainda a "lógica privatizadora do Governo", que, em seu entender, não resolve os problemas orçamentais do País.
"Como se as privatizações resolvessem tudo, sabendo-se que a essência das privatizações visa que o poder privado deite mão de acumulações de riqueza que as sociedades foram construindo para garantir direitos dos cidadãos", ironizou.
Por outro lado, acentuou que a política do Executivo de Durão Barroso face à Administração Pública cria um clima de vulnerabilidade dos trabalhadores e de impunidade face aos ataques de que são alvo os seus direitos.
"O que o País está a seguir é uma matriz de baixos salários e precariedade que não conduz ao desenvolvimento", salientou, observando que tal política "só conduz ao atrofiamento" económico do País.
Quanto à questão da imigração, o líder defendeu o reforço das medidas de intervenção das inspecções fiscal, de trabalho e da Segurança Social ao nível das próprias empresas, pois - afirmou - "os imigrantes não vêm para cá fazer turismo, mas sim para trabalhar".
Acentuando que portugueses e estrangeiros devem ser tratados de igual forma nas empresas e perante a Lei, defendeu também um maior controlo da imigração aos níveis da residência e da legalização".
Reunido ontem e hoje, o 4º Congresso da USAL aprovou um programa de acção no mundo laboral para a região e elegeu o novo executivo para o próximo triénio, que passou de 21 para 31 elementos.