Se começa por surpreender o facto de Frank Oz ter sido chamado para fazer "The Score"/ "Sem Saída", acaba por se confirmar que é um caso flagrante de "miscast" de um realizador. O tarefeiro Oz pode sair-se bem na comédia, mas definitivamente não tem unhas para esta guitarra: um "thriller" que não é bem um "thriller", é um desvio ao género que já se autonomizou com sub-género, o "filme de preparação de um assalto". Falta-lhe definição de tom, tratamento do espaço e do tempo, enfim, o que um "cineasta" sabe fazer para além da maior ou menor eficácia que demonstra. O centro da atenção é, contudo, a participação de Marlon Brando, Robert deNiro e Edward Norton num mesmo filme. Cada um deles é aquilo caberia na gaveta do "o maior actor de sua geração"; o segundo e o terceiro gostariam mesmo de ser comparados ao primeiro (que certamente admirarão); é uma grande ideia pô-los como três pólos da preparação de um assalto, com relações, entre eles, que têm a ver com o desafio e a passagem de testemunho. Bom, esta é a ideia. A concretização deste "encontro de gigfantes" é que é decepcionante. Não só por culpa de Oz. Brando passeia-se com ar de quem se "marimba" para tudo, DeNiro está apagadíssimo (no seu caso isso nem sempre é negativo) e Norton começa, demasiado novo, a cabotinar como os seus "gurus".
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