Mary Robinson não se recandidatará ao cargo de Alta Comissária para os Direitos Humanos

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O trabalho de Robinson tem sido muito criticado no seio da ONU Laurent Gillieron/EPA

No seu discurso na abertura da 57ª sessão da Comissão de Direitos Humanos, em Genebra, Mary Robinson afirmou que abandonará o cargo quando cumprir o seu actual mandato, em Setembro, logo após a Conferência Mundial contra o Racismo e a Xenofobia, que se vai realizar em Durban (África do Sul) em finais de Agosto."Penso que poderei fazer muito mais fora dos constrangimentos que uma organização multilateral inevitavelmente impõe", afirmou Robinson, realçando que continuará a apoiar o trabalho da ONU sobre os direitos humanos.
"Esta não foi uma decisão fácil de tomar e sei que ela poderá surpreender e mesmo desiludir algumas pessoas", considerou a comissária, citada pela AFP.
Robinson aproveitou ainda para apelar aos dirigentes mundiais a prosseguirem a luta contra o racismo, a xenofobia e todas as manifestações de intolerância, que conduzem a violações dos direitos humanos.
A alta comissária reconheceu ter actuado como "voz das vítimas de violações dos direitos humanos", tendo recebido muitas críticas pelo seu trabalho, mas assegurou que não pedirá desculpas a ninguém.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aconselhou Robinson a continuar o seu traabalho em defesa das vítimas dos abusos, mas fora da ONU, onde tem sido alvo de críticas.

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