Esta mancha situava-se às 19h00 de ontem a duas milhas náuticas - 3,2 quilómetros - da costa dos Muros, a Sul do Cabo Finisterra, zona de estuários e considerada um santuário para os turistas. Esta zona ainda não havia sido atingida pela maré negra.

O autarca da cidade de Muros, Celestino Formoso, afirmou à rádio nacional espanhola que a zona não está equipada com barreiras de protecção e que prevê uma catástrofe económica para os seus habitantes que vivem essencialmente do mar.

Uma centena de pescadores formaram uma barreira com os seus barcos ao longo de um rio, numa tentativa de evitar que a poluição entre nos estuários.

As autoridades anunciaram que o navio francês "Ailette" e os dois barcos "Pays da Luz" e "Punta Mayor" dirigiam-se para aquela zona e tentam recolher o fuel-óleo antes que este atinja a costa.

Segundo o Governo de Madrid, duas outras manchas situam-se, respectivamente, a 30 e a 60 milhas náuticas do Cabo Finisterra. Além destas, outras quatro ter-se-ão formado onde o petroleiro se afundou.

Segundo o jornal "A Voz da Galiza", uma mancha chegou ontem à tarde à praia da Langosteira, no interior da ria de Arousa. Também esta região ainda não havia sido atingida pela poluição.

Ontem, o Governo espanhol informou que 295 quilómetros de zonas costeiras já haviam sido atingidos pela maré negra, afectando 90 praias. O "Prestige" naufragou há uma semana e, entretanto, acabou por se afundar.