Crise na Venezuela: Paulo Rangel a caminho da Colômbia em missão política e humanitária
O eurodeputado e vice-presidente do PPE, juntamente com o homólogo espanhol Esteban Gonzalez Pons, lidera uma delegação do Parlamento Europeu que vai a caminho da Colômbia com a missão de "pressionar o regime de Nicolás Maduro". Estão previstos encontros com os chefes de Estado da Colômbia, Chile e Paraguai.
Paulo Rangel e Esteban Gonzalez Pons, vice-presidentes do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, e outros dois eurodeputados espanhóis do mesmo grupo político estão a caminho da Colômbia numa missão que começa nesta quinta-feira, termina domingo e tem como objectivo “pressionar o regime de Nicolás Maduro”, de forma a contribuir para resolução da crise na Venezuela.
“Tudo o que o PPE, o Parlamento Europeu e eu próprio, enquanto dirigente da maior família política da União Europeia, puder fazer para levar novamente a democracia e a prosperidade ao povo venezuelano, farei sem hesitar um segundo”, garante Paulo Rangel, num comunicado enviado à imprensa nesta quinta-feira.
Aquela delegação do PPE vai estar sexta-feira na cidade colombiana da Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, onde a delegação estará com refugiados, visitando campos onde se encontram em particular crianças, e manterá contactos com diversas ONG‘s no terreno. Esta iniciativa coincide com o concerto de solidariedade “Venezuela Aid Live”, organizado pelo empresário britânico Richard Branson, dono da Virgin, e que espera, de acordo com o empresário citado pela imprensa, reunir mais de 100 mil pessoas e “arrecadar 100 milhões de dólares em 60 dias”. Será um dos dois concertos solidários rivais - um pró-Guaidó e outro pró-Maduro, do lado venezuelano da fronteira - que se realizam no mesmo dia a poucos quilómetros de distância.
No sábado, Paulo Rangel estará na fronteira com a Venezuela, na ponte internacional Simón Bolívar (a principal via terrestre que liga a Colômbia à Venezuela), bloqueada pelos militares apoiantes de Nicolas Maduro desde Janeiro, onde espera assistir à entrega de ajuda humanitária. Nesse mesmo dia, Guaidó e os seus apoiantes esperam começar a distribuir as toneladas de comida e medicamentos que estão armazenadas na fronteira colombiana, enfrentando a promessa do Presidente Nicolás Maduro de barrar a passagem dos camiões.
A delegação tem também encontros previstos com os presidentes da Colômbia, do Chile, e do Paraguai e reuniões com deputados da Assembleia Nacional Venezuelana, embaixadores, organismos internacionais, Igreja Católica, Cruz Vermelha e diferentes Organizações Não-Governamentais.
“Quatro dias depois da expulsão da Missão do PPE à Venezuela a direcção do Grupo Parlamentar do maior partido da União Europeia volta à América Latina para manter a pressão internacional sobre o regime de Nicolás Maduro”, lê-se no comunicado, no qual Paulo Rangel sublinha que “neste momento crucial para a vida de milhões de venezuelanos toda a ajuda e pressão internacional é pouca comparada com o drama que estão a viver milhões de vítimas do regime de Nicolás Maduro”.