Metade dos helicópteros ao serviço do INEM não cumpre o contrato
Uma das regras do contrato, assinado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela Babcock, em Agosto deste ano, define que as aeronaves não deverão ter "mais de 20 anos sobre a sua data de fabrico à data da sua utilização".
O INEM tem quatro helicópteros ao serviço e só dois cumprem os requisitos técnicos exigidos no contrato de 38,7 milhões de euros, noticia nesta segunda-feira o Jornal de Notícias.
Segundo o jornal, dos dois que não cumprem os requisitos técnicos exigidos, "um tem pior performance e outro ultrapassa o limite de idade".
A fornecedora, a Babcock, garante que estas duas aeronaves estão a voar com autorização do INEM.
Uma das regras do contrato, assinado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela Babcock, em Agosto deste ano, define que as aeronaves não deverão ter "mais de 20 anos sobre a sua data de fabrico à data da sua utilização".
Todavia, escreve o jornal, "desde a entrada em vigor do contrato, o aparelho colocado em Évora viola os requisitos técnicos (...). A empresa colocou ali um Bell 412, construído em 1997. Ou seja, a completar os 21 anos".
Já quanto ao helicóptero destacado para Macedo de Cavaleiros, que veio substituir o que ficou destruído no acidente de Valongo em 15 de Dezembro, "não cumpre os requisitos de 'performance'", escreve o Jornal de Notícias.
Questionada pelo jornal, fonte oficial da empresa diz que está a actuar com o acordo do INEM quanto "à substituição temporária do helicóptero que opera a partir de Évora" e que "previsivelmente em Março de 2019" chegará um novo helicóptero à base alentejana.
Quanto ao aparelho que substituiu o destruído em Valongo, a mesma fonte referiu ao jornal que a prioridade foi "a reposição urgente do serviço" e assegurou que será "oportunamente" substituído por um aparelho com as características exigidas. Neste caso, também tem o acordo do INEM, assegurou.
O JN questionou também o INEM e os SPMS, mas não obteve resposta.