Vistos Gold: Investimento com queda homóloga de 12% até Outubro mas regista subida mensal

Nos primeiros dez meses de 2017 o montante ascendeu aos 760 milhões de euros, mas este ano não ulrapassou os 667 milhões de euros.

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Paulo Pimenta

O investimento resultante da concessão de vistos gold caiu 12% nos 10 primeiros meses do ano, face a igual período de 2017, para 667 milhões de euros, de acordo com dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

No mês passado, o investimento captado através de Autorizações de Residência para actividade de Investimento (ARI) totalizou 74.202.048,76 euros, mais do que duplicando (152%) face aos 29.400.288,17 euros registados em Outubro de 2017 (em que foram atribuídos 46 vistos). Relativamente a Setembro, o investimento duplicou.

Entre Janeiro e Outubro, o investimento captado totalizou 667.087.601,35 euros, uma quebra de 12,12% face aos primeiros dez meses do ano passado, quando o montante ascendeu a 759.096.460,01 euros.

Em Outubro foram atribuídos 125 vistos "dourados", dos quais 118 por via do critério de compra de imóveis, num total de 66.807.218,91 euros, e sete mediante o critério de transferência de capital, que captou um investimento de 7.394.829,85 euros.

Do total de vistos gold atribuídos por via da compra de imóveis, 19 foram atribuídos para reabilitação urbana.

Em seis anos — o programa ARI foi lançado em Outubro de 2012 —, o investimento acumulado totalizou 4.078.353.443,74 euros, com a aquisição de bens imóveis a somar 3.697.685.750,26 euros.

A transferência de capital totalizou 380.667.693,48 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6687 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 1.134 em 2018.

Até Outubro, em termos acumulados, foram atribuídos 6320 vistos dourados por via da compra de imóveis, dos quais 215 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 355 e foram atribuídos 12 por via da criação de, pelo menos, dez postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (3.981), seguida do Brasil (608), África do Sul (265), Turquia (264) e Rússia (232).

Desde o início do programa foram atribuídas 11.370 autorizações de residência a familiares reagrupados, sendo 2055 este ano.