Portugal continua campeão do défice e da dívida

Eurostat revelou hoje que Portugal tem o 2º maior défice da Zona Euro e a 3ª maior dívida da União Europeia.

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O ministro das Finanças português, Mário Centeno Rui Gaudêncio

O défice orçamental na zona euro recuou para os 1% tanto na zona euro quanto na União Europeia (UE) em 2017, com Portugal a apresentar o segundo maior (3%) pelo impacto da capitalização da CGD, segundo o Eurostat.

De acordo com a segunda notificação do gabinete estatístico da União Europeia, o saldo orçamental negativo na zona euro recuou dos 1,6% em 2016 para os 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, um ligeiro agravamento face aos 0,9% previstos na primeira notificação, divulgada em Abril.

Na UE, o défice orçamental recuou para os 1%, face aos 1,7% homólogos.

Portugal apresentou no ano passado o segundo maior défice orçamental (3,0%), devido ao impacto da capitalização da Caixa Geral de Depósitos.

Em 2017, Malta (3,5%), Chipre (1,8%) Suécia (1,6%), República Checa (1,5%), Luxemburgo (1,4%), Holanda (1,2%), Bulgária e Dinamarca (1,1% cada), Alemanha (1,0%), Croácia (0,9%), Grécia (0,8%), Lituânia (0,5%) e Eslovénia (0,1%) apresentaram excedentes orçamentais.

Os menores défices públicos, em percentagem do PIB, foram registados na Irlanda (-0,2%), Estónia (-0,4%), Letónia (-0,6%) e Finlândia (-0,7%). Espanha apresentou um défice superior ao limite de Bruxelas (-3,1%) e Portugal ficou no limite (-3,0%).

Eurostat revê em baixa dívida portuguesa de 2017 mas continua a 3.ª mais elevada

Portugal mantém a terceira maior dívida pública da União Europeia (UE), em 2017, apesar de o Eurostat a ter revisto hoje para os 124,8% do PIB, face aos 125,7% da primeira notificação, em Abril.

A dúvida pública da zona euro também foi revista, mas em alta, face à primeira notificação, com o gabinete estatístico da UE a divulgar um rácio de 86,8% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 86,7% estimados em abril – um recuo na comparação com a dívida de 89,1% do PIB em 2016.

A dívida pública da UE baixou para os 81,6% (contra 83,3%), ligeiramente abaixo dos 81,9% apontados na primeira notificação do Eurostat.

Quinzes Estados-membros apresentaram uma dívida pública superior aos 60%, tendo as mais elevadas sido registadas na Grécia (176,1% do PIB), em Itália (131,2%), em Portugal (124,8% — um recuo face aos 129,2% de 2016), na Bélgica (103,4%), em França (98,5%) e em Espanha (98,1%).

Os menores rácios da dívida em função do PIB foram observados na Estónia (8,7%), no Luxemburgo (23,0%), na Bulgária (25,6%), na República Checa (34,7%), na Roménia (35,1%) e na Dinamarca (36,1%).