Costa nega problemas por ministros entrarem com Orçamento feito por antecessores

O primeiro-ministro reiterou a ideia que é preciso uma "dinâmica renovada" e por isso aceitou os pedidos de saída do Governo. Adalberto Campos Fernandes diz que é tempo "de outro jogador" entrar com mais energia.

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Marcelo na cerimónia da posse Nuno Ferreira Santos
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Siza Vieira Rui Gaudêncio
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João Gomes Cravinho Rui Gaudêncio
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João Pedro Matos Fernandes Rui Gaudêncio
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Graça Fonseca Rui Gaudêncio
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Marta Temido Rui Gaudêncio
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A despedida de Azeredo Lopes Nuno Ferreira Santos

O primeiro-ministro reiterou esta manhã a ideia que a remodelação no Governo foi decidida a pedido dos próprios ministros que saíram, mas que foi a oportunidade de dar uma "dinâmica renovada" nesta fase final do Governo. António Costa negou que haja problemas por estar a fazer esta remodelação governamental depois de aprovada a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

"Temos óptimas condições para executar um Orçamento do Estado que é do Governo", respondeu, quando questionado pelos jornalistas sobre o facto de os novos ministros irem executar um Orçamento que não foi negociado nem decidido por si.

"Queria sublinhar que estamos num momento importante. Aprovada a proposta de Orçamento do Estado que o Governo vai apresentar à Assembleia da República, é altura para darmos uma dinâmica renovada". E por isso, defendeu António Costa, "é oportuno proceder a algumas alterações orgânicas que têm que ver com o dar uma nova centralidade à política económica", disse. Como argumento, Costa usa a reclassificação da Moody's, que tirou Portugal do lixo: "Marca um momento de viragem e dá uma nova centralidade à política económica sem prejuízo de darmos atenção à política orçamental", disse. 

Já quanto à passagem da energia para o Ambiente, Costa voltou a defender que é um "tema crucial para o futuro do ambiente como elemento central da política ambiental", não comentando as críticas de estar a fazer um favor à EDP. "Faz seguramente a vontade àqueles que têm consciência que as alterações climáticas são uma ameaça real", referiu.

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Entrada de Siza Vieira para a Economia ditou mudanças na orgânica do executivo Nuno Ferreira Santos

Adalberto diz que é "tempo de outro jogador"

O ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, conta que saiu do Governo e que os tempos que passou no Governo não foram uma tarefa difícil. "É um sector muito difícil. Quem me conhece sabe que eu não saio por condições difíceis", disse em respostas aos jornalistas.

"Achei que há momentos, tal como numa maratona ou melhor numa prova de estafetas, que é preciso que outro jogador, com mais energia e mais capacidade" cumpra a tarefa, disse.

Já o ex-ministro da Cultura, Castro Mendes, assumiu que foi "muito feliz" no cargo e que sai a seu pedido, mas "no timing decidido pelo primeiro-ministro". "Tenho orgulho no que fiz", lançou.

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