Incêndio na Serra de Sintra fez 21 feridos ligeiros

Balanço final aponta para ferimentos em duas dezenas de bombeiros e um civil.

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Reuters/PEDRO NUNES

O incêndio que deflagrou no sábado à noite em Sintra, e que alastrou, entretanto, a Cascais, já provocou 21 feridos ligeiros, entre os quais duas dezenas de operacionais e um civil, adiantou a Protecção Civil cerca das 13h.

De acordo com o comandante distrital de Lisboa da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), André Fernandes, o incêndio, que, entretanto, foi dado como dominado, provocou até ao momento "um total de 21 vítimas".

Falando no 'briefing' que decorreu cerca das 13h, nos Paços do Concelho de Cascais, o comandante precisou que entre as vítimas estão "10 operacionais e um civil" que foram levados a uma unidade hospitalar, "tudo com ferimentos ligeiros relacionados com traumas oculares e traumas também nos membros inferiores, entorses e algumas luxações".

Já a vítima civil teve "queimaduras de primeiro e segundo grau, em menos de 10% do corpo", mas, entretanto, "já teve alta e já está no seu domicílio", acrescentou.

A estes, juntam-se "10 bombeiros assistidos no teatro de operações, que não tiveram de ser deslocados e que voltaram ao combate", adiantou André Fernandes aos jornalistas.

Por precaução, foram retiradas cerca de 300 pessoas do Parque de Campismo de Cascais e outras 47 de vários locais atingidos.

"Neste momento, já foi dada indicação para os campistas poderem regressar ao parque de campismo ordeiramente e com calma, sob orientação das autoridades que estão no terreno, e também está a ser dada a indicação para as pessoas poderem voltar às suas habitações", acrescentou.

O responsável salientou que não se verificaram feridos graves e nenhuma casa ardeu, tendo apenas ardido um automóvel ligeiro e alguns anexos de madeira em quintais.

O incêndio deflagrou no sábado, pelas 22h50, na Peninha, na serra de Sintra, distrito de Lisboa, e alastrou depois ao concelho de Cascais. Foi dominado pelas 10h45 de hoje.

"Vamos iniciar uma fase complicada, porque é necessário manter os níveis de operacionalidade que tivemos até agora. Não podemos baixar a guarda", salientou André Fernandes, afirmando que "os meios vão continuar no terreno numa operação de vigilância", com meios aéreos disponíveis até ao pôr-do-sol e posteriormente com "um dispositivo terrestre reforçado".

A estrada que liga o Guincho à Malveira está cortada por tempo indeterminado nos dois sentidos e as estradas nacionais 247 e 9-1 estão condicionadas.

No combate a este incêndio estiveram hoje mais 700 operacionais, além de 217 veículos e oito meios aéreos.