Facebook pergunta a europeus em que fontes de informação confiam

Rede social lançou inquérito em diversos países para avaliar grau de confiança num determinado meio de comunicação.

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Os inquéritos começaram a ser distribuídos na Europa nesta quinta-feira Reuters/DADO RUVIC

O Facebook está a perguntar a utilizadores na Europa quais são as fontes de notícias nas quais confiam. A ideia é usar as respostas na mudança no feed de notícias introduzida nos EUA no início de 2018, alteração que foi desenhada para filtrar informação falsa.

Em Janeiro, o fundador e presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que o feed de notícias – uma das peças centrais da rede social –, devia dar prioridade às “notícias de alta qualidade” em detrimento de fontes menos confiáveis, na luta contra a informação falsa que se espalha na plataforma.

O Facebook tem sido criticado por não impedir que notícias falsas sejam espalhadas na plataforma, algo que aconteceu durante a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas de 2016. A rede social também tem mantido uma relação instável com as organizações noticiosas, especialmente aquelas com inclinações políticas claras.

Zuckerberg disse, em Janeiro, que havia demasiado “sensacionalismo, desinformação e polarização” no mundo, e que as redes sociais estavam a agravar o problema. “As redes sociais permitem que as pessoas partilhem informação de forma mais rápida do que antes, e se não enfrentarmos a especificidade desses problemas, acabamos por amplificá-los”, escreveu Zuckerberg nessa altura.

A empresa, que tem mais de dois mil milhões de utilizadores, pede agora que estes classifiquem diferentes meios de comunicação em termos de confiabilidade, em pequenos inquéritos no site.

Na quinta-feira, o Facebook anunciou que começaria a usar inquéritos semelhantes, com duas partes, junto dos utilizadores no Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha, perguntando-lhes se estavam familiarizados com fontes noticiosas específicas, como, por exemplo, o canal de televisão BBC ou o diário Guardian, e se confiavam nelas.

Um porta-voz do Facebook disse que os resultados do inquérito não afectariam a classificação ou a composição do feed de notícias no Reino Unido ou em qualquer outro país onde estiver a ser aplicado, por enquanto. A empresa acrescentou que anunciará antecipadamente qualquer mudança que vier a ser feita.