Donald Trump e Vladimir Putin falaram ao telefone nesta terça-feira, naquela que foi a primeira conversa entre ambos desde a acção militar nos EUA contra o regime sírio de Bashar al-Assad. A conversa centrou-se no conflito da Síria, mas os dois líderes falaram também sobre a crise com a Coreia do Norte e da situação geral no Médio Oriente.

Segundo relata a CNN, a Casa Branca divulgou um comunicado onde refere que Trump e Putin discutiram a necessidade de “acabar com a violência” na Síria e a proposta do Presidente norte-americano de criar zonas de segurança.

“O Presidente Trump e o Presidente Putin concordaram que o sofrimento na Síria se prolongou por demasiado tempo  e que todas as partes têm de fazer tudo o que puderem para acabar com a violência”, refere o comunicado, citado pela CNN. “A conversa foi muito boa”, continua a nota escrita.

Uma das medidas para chegar a uma resolução para a Síria é o envio de um representante americano para as negociações de cessar-fogo que começam esta quarta-feira no Cazaquistão. E Trump concordou em fazê-lo.

Por sua vez, o Kremlin divulgou também um comunicado onde refere que a conversa se centrou na “perspectiva de coordenar acções russas e americanas” no que respeita ao combate contra o terrorismo em território sírio. Moscovo explica que Trump e Putin acordaram intensificar as conversações entre as duas nações através do secretário de Estado americano e do ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

A conversa foi a primeira entre os Presidentes depois do ataque, o primeiro dos EUA, contra o regime de Assad e que deteriorou as relações entre Washington e Moscovo. A razão para a acção militar foi o ataque químico na cidade de Idlib, cuja responsabilidade é atribuída a Damasco pelos EUA. Pelo contrário, a Rússia sempre negou tais acusações e defende Bashar al-Assad.

Sobre a Coreia do Norte, a CNN refere apenas que Trump terá pedido para que se aumentem os esforços para colocar um travão na corrida de Pyongyang ao armamento nuclear.