Portugal tem a quarta taxa de abandono escolar mais elevada da UE
Portugal tem vindo a reduzir a taxa de abandono escolar, que em 2006 era a mais elevada da UE com 38,5%. Actualmente situa-se nos 14%.
Portugal registou em 2016 a quarta taxa de abandono escolar mais elevada da União Europeia, com 14% dos jovens entre os 18 e 24 anos a deixarem prematuramente a educação e a formação, revelam os dados publicados esta quarta-feira pelo Eurostat.
Segundo os "Indicadores Europa 2020 sobre Educação em 2016", divulgados esta quarta-feira pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, apenas Malta (19,6%), Espanha (19%) e Roménia (18,5%) apresentaram no ano passado taxas de abandono escolar superiores a Portugal, fixando-se a média da UE nos 10,7%.
Os dados do Eurostat mostram que nos últimos 10 anos Portugal registou uma acentuada redução da taxa de abandono escolar (percentagem da população entre os 18 e 24 anos que não foram além do primeiro ciclo do ensino secundário e não prosseguiram os estudos ou formação), já que em 2006 a mesma situava-se nos 38,5%, a mais elevada entre todos os estados da União Europeia.
Portugal poderá ainda cumprir a meta que fixou para daqui a três anos, no quadro do "Objectivo Europa 2020", de ter uma taxa de abandono escolar não superior a 10%, em linha com a média da UE (cada Estado-membro tem o seu próprio objectivo em função da sua realidade, e que entre os 28 Estados-membros varia entre os 4% e os 16%).
O outro indicador publicado pelo Eurostat, sobre a percentagem de pessoas entre os 30 e 34 anos que terminaram com sucesso os estudos superiores, revela que Portugal, com uma taxa de 34,6%, também ficou abaixo da média europeia (39,1%) em 2016, a mais de cinco pontos do seu objectivo no quadro do "Objectivo Europa 2020", de pelo menos 40% (também neste caso em linha com a meta da média da UE).
Também neste caso, Portugal registou uma evolução bastante significativa nos últimos 10 anos, já que em 2006 apenas 12,9% das pessoas entre os 30 e 34 anos tinham obtido um diploma no ensino superior, o que na altura constituía o quinto valor mais baixo da UE, sendo actualmente o décimo mais baixo.