Marcelo: problema dos sem-abrigo não pode "esperar pela aceleração do crescimento"

No início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que a nova estratégia do Governo de combate à situação dos sem-abrigo seja aplicada já este ano, para que este problema esteja erradicado em 2023.

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A entrevista de Marcelo à TVI será divulgada neste domingo na íntegra Rui Gaudêncio

O Presidente de República, Marcelo Rebelo de Sousa, advertiu que a resolução do problema das pessoas em situação de sem-abrigo não pode "esperar pela aceleração do crescimento".

Em entrevista à TVI, que será divulgada neste domingo na íntegra, Marcelo Rebelo de Sousa alertou mais uma vez para a questão dos sem-abrigo, sublinhando que "a função do Presidente da República é chamar a atenção para os problemas e pressionar para que aquilo que depende do poder executivo seja acelerado".

"Eu penso que o Presidente da República ao mesmo tempo que puxa pelo crescimento, que puxa pelo investimento - porque isso é essencial -, tem de olhar para aqueles problemas do imediato, que estão aí e que não podem esperar pela aceleração do crescimento", defendeu na entrevista, que acompanha uma reportagem sobre esta população.

Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda para que não se esqueçam destas pessoas que vivem nas ruas das cidades ou em centros de acolhimento.

"Supondo que começa mesmo o crescimento e o emprego não se esqueçam dos que ficaram para trás", disse, vincando: "Há muitos que ficam para trás e ficam irremediável e definitivamente para trás. Não se esqueçam deles".

No início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que a nova estratégia do Governo de combate à situação dos sem-abrigo seja aplicada já este ano, para que este problema esteja erradicado em 2023.

Questionado na altura se o Governo tem atuado com eficácia neste domínio, o chefe de Estado sublinhou que o horizonte de aplicação da anterior estratégia terminou em 2015 e que "2016 foi um compasso de espera" para que o executivo apresentasse a nova estratégia 2017-2023.

Na entrevista à TVI, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "o Governo está a preparar esse plano para o médio e o longo prazo", para ver "como se pode fazer funcionar melhor a articulação e a coordenação".