Ainda não há data para reabrir o viaduto de Alcântara
Os trabalhos de reparação já terminaram e a avaliação final vai ser feita por fases.
Ainda não há uma data concreta para que o trânsito seja retomado no viaduto de Alcântara, no sentido da Avenida de Ceuta para a zona portuária, em Lisboa. "Será feita nos próximos dias uma vistoria técnica às condições de circulação no tabuleiro", informou a câmara municipal em comunicado divulgado ao fim da tarde desta quinta-feira.
De manhã, o vereador da Protecção Civil explicou que já só faltava "fazer uma avaliação final" e que a mesma iria acontecer ainda durante o dia de quinta, mas a situação mudou. "A entidade contratada para fazer a vistoria, que foi a empresa responsável pelo projecto de reabilitação do viaduto em 2005, vai efectuar a vistoria por fases", esclarece o comunicado, que conclui sem definir prazos: "Quando este trabalho conjunto estiver terminado será reposta a circulação rodoviária no tabuleiro do viaduto."
Depois de, na madrugada de quarta-feira, ter havido "uma deslocação da estrutura" — provavelmente causada pelo embate de um camião, segundo a autarquia —, foram feitas reparações durante toda a noite que obrigaram ao corte parcial do tráfego automóvel. O trânsito foi plenamente restabelecido na Avenida da Índia pelas 11h desta quinta-feira e os comboios da Linha de Cascais já circulam normalmente, disse o vereador Carlos Castro.
O autarca sublinhou que a estrutura metálica — provisória há 40 anos e ainda sem data de substituição — "não apresentava nenhum problema" aquando da última vistoria técnica, realizada a 13 de Fevereiro.
A última vez que estes viadutos tiveram obras de fundo foi em 2005, quando o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) divulgou um relatório em que referia a falta de “segurança para a circulação rodoviária de pesados” – veículos que usam estes viadutos frequentemente, uma vez que é em Alcântara que está situado um dos terminais de contentores de Lisboa. “A segurança fica bem garantida. O viaduto fica em condições de ficar aqui mais 30 anos, mas eu espero que isso não aconteça”, disse Santana Lopes, então presidente da câmara, no fim das obras.