Malásia detém quarto suspeito da morte de Kim Jong-nam

Depois de uma indonésia, uma vietnamita e um malaio, foi detido um norte-coreano suspeito de ter participado no assassinato do meio-irmão do presidente da Coreia do Norte.

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Polícia da Malásia prendeu um norte-coreano de 46 anos em Selangor LUSA/AHMAD YUSNI

Um homem de nacionalidade norte-coreana foi preso na Malásia por suspeita de envolvimento na morte do meio-irmão do presidente norte-coreano Kim Jong-un. Segundo a BBC, que cita fontes policiais malaias, o cidadão norte-coreano foi identificado como sendo Ri Jong Chol, de 46 anos, e foi detido na sexta-feira à noite.

Até então, tinham sido detidos uma mulher indonésia, um homem malaio e uma mulher com passaporte vietnamita. O homem norte-coreano detido em Selangor, perto de Kuala Lumpur, é, assim, o quarto suspeito de envolvimento no crime, mas a polícia malaia não adiantou mais detalhes sobre a sua ligação ao ataque.

A polícia acredita que Kim Jong-nam foi borrifado com um líquido venenoso na passada terça-feira, no aeroporto de Kuala Lumpur, enquanto aguardava o embarque com destino a Macau, onde vivia há anos. Atordoado e com dores, o meio-irmão do líder norte-coreano foi encaminhado para a clínica do aeroporto onde disse aos médicos que tinha sido borrifado com um produto químico. Foi transferido para um hospital, mas acabaria por morrer no caminho.

Também na sexta-feira a polícia indonésia identificou uma das mulheres detidas como sendo Siti Aisyah. Esta cidadã indonésia de 25 anos disse no seu interrogatório que tinha sido levada a crer que estava a pregar uma partida para um programa de comédia. Na verdade, estava a assassinar Kim Jong-nam. “Ela não tinha conhecimento de que era uma tentativa de homicídio por parte de alegados agentes estrangeiros”, adiantou o chefe da polícia da Malásia.

Um malaio que se crê ser seu namorado também foi detido. A outra mulher com passaporte vietnamita foi identificada como Doan Thi Huong.

Já o Guardian escreve que as autoridades malaias realizaram uma segunda autópsia a Kim Jong-nam na sexta-feira à noite, porque a primeira se revelou inconclusiva. Um segundo procedimento que terá enfurecido os norte-coreanos, que já tinham anunciado oficialmente, através do embaixador da Coreia do Norte na Malásia, que não iriam aceitar os resultados da autópsia e exigiram que o corpo de Jong-nam fosse imediatamente devolvido.

Ontem à noite, em declarações aos jornalistas à porta da morgue onde foi realizada a segunda autópsia, o embaixador de Pyongyang afirmou que as autoridades da Malásia poderão estar “a tentar esconder alguma coisa” e a “conspirar com forças hostis” à Coreia do Norte.

 

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