Suspeita de assassinar Kim Jong-am disse que pensava tratar-se de uma brincadeira

Uma das detidas por suposto envolvimento no homicídio do meio-irmão do líder norte-coreano costumava ser paga para pregar partidas.

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Kim Jong-nam foi atacado no aeroporto de Kuala Lumpur, tendo morrido a caminha do hospital LUSA/CHINA PRESS

Uma mulher indonésia detida por suposto envolvimento no homicídio do meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, na Malásia, disse no seu interrogatório que tinha sido levada a crer que estava a pregar uma partida para um programa de comédia. Na verdade, estava a assassinar Kim Jong-nam.

Esta informação foi revelada aos jornalistas pelo chefe da polícia da Indonésia, Tito Karnavian, citando informações que recebeu das autoridades malaias, relata o Guardian, acrescentando que Siti Aisyah, de 25 anos, e outra mulher costumavam ser pagas para pregar partidas. Uma delas consistia em convencer homens a fechar os olhos para depois lhes borrifar água na cara.

“Este tipo acções foi realizado duas ou três vezes e elas recebiam alguns dólares por isso, e com o último alvo, Kim Jong-nam, alegadamente havia materiais perigosos no spray”, explicou Karnavian, citado pelo jornal britânico. Ou seja, a alegada brincadeira terá corrido como de costume. Mas, neste caso, terão sido colocados produtos na água que põem a vida humana em risco. E tudo terá ocorrido como se de uma brincadeira se tratasse.

“Ela não tinha conhecimento de que era uma tentativa de homicídio por parte de alegados agentes estrangeiros”, adiantou ainda o chefe da polícia da Malásia.

A família da mulher detida terá ficado chocada quando soube das suspeitas de envolvimento, explicando que Siti era uma mãe lutadora que tinha viajado para a Malásia a trabalho, escreve o Guardian. O namorado de 26 anos também foi detido, e as autoridades procuram mais cúmplices. A investigação sobre este caso continua, agora para se descobrir se Siti e a companheira realmente mataram o meio-irmão de Kim Jong-un.

Kim Jong-nam, de 46 anos, foi atacado num aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, e morreu no caminho para o hospital, na passada terça-feira.

Tanto quanto se sabe, Kim Jong-nam terá sido borrifado com um spray ou então espetado com seringas tóxicas na zona das lojas do aeroporto e pediu ajuda num balcão de informações, segundo a Associated Press. Foi levado para a clínica do aeroporto e depois transportado para o hospital. Morreu em trânsito.

Já esta sexta-feira, o embaixador da Coreia do Norte na Malásia, garantiu que não iria aceitar os resultados da autópsia exigindo que o corpo de Jong-nam fosse imediatamente devolvido.

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