Pussy Riot inspiram-se em Donald Trump para celebrarem a vagina
Numa nova música agora divulgada, a banda diz que quer celebrar a vagina das mulheres considerando-a "maior do que Trump".
A banda feminista russa Pussy Riot lançou uma nova música inspirada no candidato republicano à Casa Branca Donald Trump e nas suas polémicas afirmações sobre as mulheres.
Chamado Straight Outta Vagina o tema é escrito no tom irónico e provocatório característico da banda tentando-se celebrar a vagina das mulheres.
Ao The Guardian, Nadya Tolokonnikova, um dos elementos das Pussy Riot, diz que a música foi gravada nos Estados Unidos em Fevereiro com o guitarrista e produtor Dave Sitek e explica o sentido da mesma: “Esta canção pode ser considerada uma resposta a Trump. Mas acredito que a ideia de uma sexualidade feminina poderosa é muito maior do que qualquer populista megalomaníaco… A vagina é maior do que Trump”.
Por isso, diz Tolokonnikova, “fez todo o sentido escrever uma música que celebre a vagina”.
Sobre o actual contexto político americano e russo, a cantora diz que a disseminação de “ideias patriarcais e misóginas” é comparável a uma doença sexualmente transmissível. E que os “políticos exaltam uma ‘liderança forte’". "Trump apoia abertamente os métodos autoritários de Vladimir Putin. E isso é assustador. Este não é o mundo onde eu quero viver.”
Não é a primeira vez que o grupo ataca e critica Putin. A carreira das Pussy Riot caracterizou-se pela luta feminista e política na Rússia tendo a banda saltado para os holofotes em 2012 quando deram um concerto não autorizado na Catedral do Cristo Redentor em Moscovo. Tolokonnikova e Maria Alyohina, que integravam o grupo (Alyohina é agora actriz num teatro na Bielorrússia), ficaram presas durante 16 meses. Também Yekaterina Samutsevich foi detida depois do episódio, tendo sido libertada mais cedo.