A revista norte-americana Vogue anunciou, esta quarta-feira, o seu apoio à candidata presidencial Hillary Clinton precisamente no dia em que a candidata irá a debate, uma última vez, com Donald Trump, antes das eleições a 8 de Novembro.

“A Vogue apoia Hillary Clinton para Presidente dos Estados Unidos”, é desta forma que a revista de moda fez, saber junto dos seus leitores, a sua preferência política.

No site, a conceituada revista de moda refere a “inteligência aguçada” bem como a “considerável experiência” da candidata para o cargo.

Apesar de nunca antes se ter verificado tal apoio a candidatos presidenciais, a revista diz ter "sentido a necessidade" de alterar isso devido ao impacto desestruturante, nas camadas sociais, de eleições ao estilo de um reality-show.

“Pode Clinton unificar uma América profundamente dividida?”. É a questão levantada pelo editorial, que vê na candidata à Casa Branca a “esperança” de ter uma mulher a liderar o país e sarar as divisões na sociedade americana.

Não será coincidência que uma revista com 87% de leitoras, nos EUA e presente em 17 países, faça apologia à candidatura de Clinton.

A campanha eleitoral tem sido marcada por episódios e acusações várias, as mais recentes, envolvem o candidato republicano Donald Trump a tecer comentários sexistas, tendo sido posteriormente acusado, por diversas mulheres, de assédio.

Outros meios de comunicação social têm, também, manifestado o seu apoio a Hillary Clinton, como foi o caso da revista The Rolling Stone, em Março deste ano, bem como o Washington Post e New York Times.

Jann S. Wenner, directora da revista, fez saber que Clinton é "uma das mais qualificadas candidatas à presidência nos tempos modernos”.

E, acrescenta que a “ política sempre foi um jogo duro e tem-no sido ao longo da história americana. Idealismo e honestidade são qualidades cruciais, para mim, mas também quero alguém com experiência e que saiba lutar fortemente”, citada no site The Wrap.

Mais recentemente, a Foreign Policy utilizou as redes sociais para também dar o seu apoio à candidata por considerar que uma eventual presidência de Donald Trump representaria uma das “maiores ameaças que os EUA terão de enfrentar” e acrescenta que Trump é o “pior candidato” republicano na história do país.