Samsung pede devolução dos Galaxy Note 7 em Portugal
Clientes que tenham comprado telemóvel descontinuado podem reaver dinheiro ou usar crédito para adquirir outro modelo.
A Samsung divulgou um aviso de segurança para os utilizadores dos equipamentos Galaxy Note7 em Portugal. O fabricante de telemóveis diz que os clientes “deverão deixar de utilizar” os aparelhos, “guardar os seus dados (fazendo uma cópia de segurança) e desligá-los”.
Além disso, a empresa pede para entregar o Note 7 (originais ou de substituição) na loja onde foi adquirido. Como alternativa, os clientes podem “adquirir um outro produto da Samsung”, recebendo o valor da diferença entre os produtos. Outra opção é receber o valor da compra do Note 7, "na sequência da resolução do contrato de compra e venda" deste equipamento. Em caso de dúvida, os clientes portugueses podem contactar o fabricante através de uma linha azul, 808 207 267, disponível nos dias úteis, entre as 9h e as 20h.
O director de Telecomunicações da Samsung Portugal, Nuno Parreira, lamenta os "inconvenientes causados" pela decisão de descontinuar o Note 7, que teve vida curta no mercado mundial, depois de terem sido detectados problemas graves com este modelo. Lançado mundialmente em Agosto, a "jóia" do maior fabricante mundial de telemóveis tem problemas técnicos que o levam a desligar-se e, mais grave ainda, a bateria com que vem equipado pode incendiar-se. Foi isso mesmo que aconteceu por mais de uma vez e que lançou dúvidas sobre a fiabilidade do Note 7, que pretendia ser o grande rival do novo iPhone 7 lançado recentemente pela Apple.
Nuno Parreira diz que “a prioridade absoluta" da Samsung "é a segurança dos clientes”, pedindo “paciência durante este processo” e “desculpas pelos inconvenientes causados”. "Lamentamos profundamente não ter conseguido atingir o standard altíssimo que esperam da Samsung", acrescenta o mesmo responsável.
A decisão de "matar" a produção do Note 7 e de retirá-lo definitivamente do mercado – em Portugal esteve à venda por um preço acima de 800 euros – foi anunciada ontem. A cotação das acções empresa na Bolsa de Seul caiu 8% logo no primeiro dia e só em vendas não concretizadas, analistas do Credit Suisse estimaram que a factura possa rondar os 15 mil milhões de euros.