Um a um, os melhores e piores de Portugal

Avaliação individual dos jogadores frente ao País de Gales, com notas de zero a dez.

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A equipa que defrontou o País de Gales (e um intruso na hora da foto) Reuters

Rui Patrício (nota 7 em dez)

Praticamente só houve um galês a rematar à baliza portuguesa, Gareth Bale, e, em todas as vezes, Rui Patrício esteve no caminho da bola. Depois de três defesas com grau de dificuldade médio-baixo, o guarda-redes do Sporting mostrou atenção total num tiro de Bale aos 80’. Um golo nesta altura poderia mudar tudo, mas Patrício não deixou.
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Cédric Soares (7)

Já ganhou em definitivo o lugar no lado direito da defesa portuguesa a Vieirinha. Defensivamente, teve um jogo praticamente sem falhas e, na primeira parte, foi mesmo um dos melhores da selecção portuguesa. Aos 10’, fez um grande cruzamento para Ronaldo que podia ter dado alguma coisa, mas o capitão da selecção não chegou lá em condições porque estava a ser agarrado por um defesa galês, num lance que devia ter dado penálti.
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José Fonte (7)

Não foi nem mais, nem menos do que tem sido desde que ganhou o lugar no eixo da defesa portuguesa. Fisicamente poderoso e imbatível no combate aéreo, um ponto em que os galeses já tinham mostrado argumentos neste Euro. Começou o Euro como suplente, mas a sua titularidade é cada vez mais indiscutível. Pena ter chegado tão tarde à selecção portuguesa.
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Bruno Alves (7)

Com a excepção dos dois guarda-redes suplentes, era o único que ainda não tinha jogado, mas teve de ir a jogo devido à lesão de Pepe. Sofreu no início com a velocidade de Robson-Kanu, mas foi uma questão de minutos até se entender com os avançados galeses. Fez um corte providencial aos 61’ quando Vokes se aproximava com perigo e, já perto do fim, fez um corte disparatado que podia ter dado perigo para a baliza portuguesa.
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Raphael Guerreiro (7)

Tem tido uma presença intermitente neste Europeu. Ora joga, ora não joga. Quando joga, Portugal ganha uma arma ofensiva, um lateral rápido e com muita precisão naquele pé esquerdo. Foi dele o cruzamento para o grande golo de Cristiano Ronaldo e percebe-se que está com vontade de começar a marcar livres. Mas isso dificilmente irá acontecer enquanto Ronaldo durar.
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Danilo Pereira (7)

Regressou à titularidade como médio mais defensivo, graças ao castigo de William Carvalho, e, não tendo o arrojo de passe do médio do Sporting, o homem do FC Porto dá outro músculo e agressividade no momento defensivo. Quando o País de Gales começou a encher a área portuguesa de corpos, Danilo também lá estava para ajudar ao esforço defensivo. Podia ter feito o 3-0 numa jogada de insistência que ele próprio criou, mas Hennessey não deixou.
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Adrien Silva (7)

As suas características e a missão que tem fazem com que se desgaste mais depressa do que os outros. Mas enquanto dura o fôlego, Adrien está lá para atrapalhar a construção ofensiva do adversário — Joe Allen teve pouco espaço e ajudou a abrandar Bale — e para lançar ataques com critério. Durante a primeira parte fez um remate rasteiro com algum perigo e um excelente cruzamento que Ronaldo não aproveitou. Saiu quando era preciso manter um jogador fresco naquele lugar.
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João Mário (6)

Um dos menos exuberantes do meio-campo, nem sempre se adaptando quando tinha de jogar mais descaído para a esquerda. Foi dele o primeiro remate do jogo aos 16’, mas acabou por ser pouco influente no ataque. Teve o golo nos pés numa recarga após um primeiro remate de Nani, mas atirou ao lado.
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Renato Sanches (6)

Depois de dois jogos em que foi fundamental para o destino da selecção portuguesa, o jovem médio foi menos exuberante e menos decisivo. Não entrou bem e protagonizou algumas perdas de bola, mas não deixou de tentar desequilíbrios. Teve uma boa arrancada na primeira parte que foi inconsequente e, no minuto antes de sair, teve mais uma, levando a bola até à área contrária, mas o remate saiu por cima.
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Nani (7)

A capacidade de liderança de Cristiano Ronaldo, a afirmação de Renato Sanches ou o comportamento defensivo quase irrepreensível têm deixado para segundo plano o grande Europeu que Nani está a fazer. Marcou mais um golo, o seu terceiro no torneio, desta vez a esticar-se todo para corrigir a trajectória a uma bola de Ronaldo, e praticamente matou as aspirações galesas. Depois de tanta discussão pré-Euro sobre se merecia ser titular, Nani tem sido o jogador mais regular e quase sempre a deixar a sua marca.
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Cristiano Ronaldo (8)

Uma imagem marcante da final do Euro 2004 foi a de um jovem adolescente magricela, ainda com acne, dentição imperfeita, brinco na orelha e madeixas no cabelo a chorar compulsivamente no relvado da Luz depois da derrota com a Grécia. Passaram 12 anos e esse adolescente vai ter nova oportunidade para apagar essa frustração em Paris. Neste Euro já se viu Ronaldo em várias dimensões. A de jogador cansado que falha penáltis, a de verdadeiro capitão que convence outros a assumir responsabilidades na hora do aperto e a de jogador decisivo. Foi esta faceta que voltou a mostrar em Lyon, primeiro com uma enorme demonstração de capacidade física naquele primeiro golo e, depois, com um cruzamento-remate que Nani emendou. Não fez um jogo isento de erros — os livres continuam a não lhe sair bem — mas este foi o seu jogo mais completo, um líder decisivo. Se marcar mais um na final, passa a ser o melhor marcador da história dos Europeus, mas o que ele quer mesmo é o título.
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André Gomes (6)

Foi para o lugar de Renato Sanches e ainda fez um excelente passe que por pouco não resultou em mais um golo para Cristiano Ronaldo
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João Moutinho (6)

Entrou para ser um jogador fresco no meio-campo português e cumpriu, sem rasgos e sem falhas.
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Ricardo Quaresma (-)

Desta vez, foi para o campo em circunstâncias diferentes, com Portugal tendo uma vantagem segura e sem a pressão de tentar inventar alguma coisa. Ainda ensaiou uma finta e marcou um canto, mas sem grande consequência.
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