Michel Temer já é Presidente interino do Brasil

Novo Governo toma posse às 15h locais (19h em Portugal Continental).

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Michel Temer com o presidente do Senado, Renan Calheiros, na terça-feira Paulo Whitaker/Reuters

Michel Temer tornou-se Presidente interino do Brasil às 11h30 desta quinta-feira (15h30 em Lisboa), no momento em que recebeu a notificação com a suspensão de Dilma Rousseff do cargo, enquanto é julgada num processo de destituição. Segundo o jornal O Globo, dará posse ao seu Governo dentro de algumas horas.

A notificação, conta a Folha de São Paulo, foi entregue a Temer na residência oficial do vice-presidente pelo senador Vicentinho Alves, primeiro secretário da Mesa Directória do Senado.

Foi Alves quem contou que o Presidente interino está "muito entusiasmado".

"O Presidente Temer é sempre muito contido. Ele recebeu com naturalidade, muito elegante, muito formal, mas também a gente percebe no sorriso que ele está muito entusiasmado", disse Alves, adiantando que Temer estava acompanhado de toda a sua equipa de ministros e secretários de Estado.

Foi também Alves quem foi ao Palácio do Planalto, a sede da presidência, entregar a notificação de suspensão a Dilma Rousseff. "Ela a recebeu de forma muito respeitosa, atenciosa e natural."

O governo Temer — que adoptou como lema "Governo Federal: Ordem e Progresso" — toma posse às 15 horas locais (19h em Lisboa). É composto sobretudo por políticos, membros dos partidos que, no Congresso, compõem a base de apoio de Temer (basicamente, os que votaram a favor do processo de destituição de Dilma). A lista do executivo está a ser avançada pelos jornais Globo, Folha e Estado de São Paulo:

Finanças: Henrique Meirelles (ex-presidente do banco central)

Planeamento: Romero Jucá (PMDB)

Desenvolvimento, Indústria e Comércio: Marcos Pereira

Relações Exteriores (inclui comércio exterior): José Serra (PSDB)

Casa Civil: Eliseu Padilha (PMDB)

Secretaria de Governo: Geddel Vieira Lima (PMDB)

Secretaria de Segurança Institucional: Sérgio Etchegoyen

Educação: Mendonça Filho (DEM)

Saúde: Ricardo Barros (PP)

Justiça e Cidadania: Alexandre de Moraes

Agricultura: Blairo Maggi (PP)

Trabalho: Ronaldo Nogueira (PTB)

Desenvolvimento Social e Agrário: Osmar Terra (PMDB)

Meio Ambiente: Sarney Filho (PV)

Cidades: Bruno Araújo (PSDB)

Ciência, Tecnologia e Comunicações: Gilberto Kasssab (PSD)

Transportes: Maurício Quintella (PR)

Advocacia-Geral da União: Fabio Medina Osório (especialista em combate à corrupção)

Fiscalização, Transparência e Controlo: Fabiano Augusto Martins Silveira

Defesa: Raul Jungmann (PPS)

Turismo: Henrique Alves (PMDB)

Desporto: Leonardo Picciani (PMDB)

Minas e Energia: será indicado pelo PSB

Integração Nacional: Eduardo Braga (PMDB)

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