A NOS manteve-se em Setembro na liderança do mercado de televisão paga, com uma quota de 43,7%, idêntica à do trimestre anterior. O valor representa, contudo, uma ligeira descida face aos 44,5% do mesmo trimestre do ano passado, mostra um relatório divulgado esta quarta-feira pela Anacom.

A Meo (PT Portugal, que passou a ser detida pela Altice em Junho) acabou o trimestre com uma quota de 41,1%, menos que os 41,5% do segundo trimestre e que os 42,1% do trimestre homólogo, quando ainda era controlada pela brasileira Oi.

Neste período a Vodafone foi a empresa que conseguiu mais assinantes, finalizando o trimestre com uma quota de 9,6%, quando estava com 9% no final de Junho e 6,7% em Setembro de 2014.

A Cabovisão, que a Altice transferiu recentemente para a francesa APAX, tinha 5,4% do mercado, abaixo dos 6,5% registados no período homólogo.

A rede de cabo ainda é a plataforma onde assenta a maior parte das ofertas de televisão paga, mas o serviço tem estado a crescer graças às propostas comerciais “suportadas em fibra óptica, que é já a segunda maior rede de suporte do serviço”, destacou a Anacom.

As ofertas baseadas em rede de fibra tinham 761 mil clientes no terceiro trimestre, mais 29,5% do que no período homólogo, assumindo-se como responsáveis por 21,9% do total de assinantes de pay TV.

No final de Setembro, a televisão paga tinha quase 3,5 milhões de clientes, mais 5,4% do que no período homólogo. “No período em análise, 85,5 famílias em cada 100 viam televisão por subscrição, contra 82,3 famílias um ano antes”, notou a Anacom.

Apenas 15,5% dos lares com televisão paga tinham canais premium no final do terceiro trimestre, o que traduz uma diminuição de 1,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas também face ao período homólogo, quando 17% das famílias tinha contratado este tipo conteúdos.

O cabo continua a ser a principal rede de suporte do serviço, representando 38,9% do total de assinantes. Já o ADSL (tecnologia mais antiga de Internet de banda larga), que foi ultrapassado pela fibra, tem 21,6% dos clientes e o serviço por satélite DTH serve 17,5% do total de assinantes, apresentando-se como “a outra tecnologia que tem crescido recentemente”, para levar as ofertas das empresas a áreas geográficas onde ainda não têm redes de nova geração.

No final de Setembro, 87% dos assinantes do serviço de TV por subscrição dispunham deste serviço integrado em pacote. Os pacotes com três e mais serviços foram os motores do crescimento das receitas do serviço de TV por subscrição, que atingiram 1, 235 mil milhões de euros até Setembro (um valor que inclui os pacotes e a oferta independente do serviço de televisão), mais 27,1% do que no período homólogo, segundo dados revelados pela Anacom na segunda-feira.