Marinho e Pinto: ganharam os extremos

Presidente do PDR prevê “tempos de instabilidade política” no país.

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Há projecções que dão ao PDR a possibilidade de eleger deputados Enric Vives-Rubio

As primeiras projecções apontam para uma radicalização aos extremos. Os quatro partidos que, em 2011, se uniram para derrubar um governo de centro esquerda e que criaram as condições para que viesse a troika para Portugal saem hoje vitoriosos, afirmou Marinho e Pinto, na sede de candidatura do PDR, em Lisboa, referindo-se ao PSD, CDS, PCP e BE, que chumbaram o último Pacto de Estabilidade e Crescimento apresentado pelo executivo de Sócrates, que se demitiu em seguida.

“Prevejo tempos de instabilidade política, prevejo tempos de muito dispêndio de energia, de recursos e de dinheiro num país pobre, que foi deliberadamente empobrecido nos últimos quatro anos”, disse, adiantando: “Tudo indica que há uma transferência de votos do PS para a extrema-esquerda.”

Realçando que vai aguardar pelos resultados finais para fazer leituras mais assertivas, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados (OA) sublinhou que a acção do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai ser coerente com aquela que teve durante o seu mandato, favorecendo a coligação PSD/CDS-PP.

Sobre as primeiras projecções, que apontam para a possível eleição de dois deputados do PDR, Marinho e Pinto afirmou que, a confirmarem-se, será “uma vitória do PDR, uma vez que tem seis meses de idade”. Disse ainda que o PDR vai “ser uma voz nova e diferente no Parlamento”.

As projecções atribuem entre um e dois deputados ao PDR. Com mais de 90% das freguesias apuradas, o partido de Marinho e Pinto já ultrapassou o MRPP de Garcia Pereira, sendo agora o segundo mais votado entre os pequenos partidos, com 1,17% de votos. À frente neste pelotão está agora o partido Pessoas-Animais-Natureza, com 1,2%. A projecção da Intercampus realizada para a TVI e o PÚBLICO põe a possibilidade de também o PAN eleger um deputado.

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