O que fazer com a massa de lixo de plástico que invade os nossos oceanos?

É a última conferência de divulgação científica programada pela Ciência Viva antes das férias. Mas em Setembro há mais.

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No Oceano Pacífico existe uma "ilha de plástico" Reuters
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A cientista Lia Vasconcelos DR

Toda a gente já ouviu falar da “ilha de plástico” gigante que existe no Oceano Pacífico. Chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico, vagueia no Pacífico Norte, entre a Califórnia e o Havai – e é, de facto, a mais mediática mancha de lixo de origem humana.

Composta em grande parte pelo lixo de plástico produzido pelas populações humanas e que acaba nos mares, não é contudo uma massa compacta de objectos reconhecíveis sobre a qual seria possível andar a pé, como tem sido por vezes sugerido. É mais como uma “sopa de plástico”, feita de pequenas partículas que se encontram em suspensão nas águas oceânicas superficiais.

Mas não é por isso menos inquietante: naquela região, as águas contêm mais partículas de plástico do que plâncton e o impacto desse lixo sobre a vida marinha – e sobre a cadeia alimentar em geral – permanece em grande parte uma incógnita.

Mais preocupante ainda: simulações informáticas recentes sugerem que existem no planeta pelo menos mais quatro grandes “ilhas” deste tipo – no Pacífico Sul, no Índico e no Atlântico Norte e Atlântico Sul –, onde as partículas de plástico ficam indefinidamente presas sob o efeito de grandes correntes oceânicas circulares.

O que se pode fazer para lidar com este problema global? É disso que irá falar Lia Vasconcelos, nesta última conferência do ciclo organizado pela Ciência Viva antes das férias.

As conferências regressam já a 24 de Setembro, com Paulo Veríssimo como primeiro convidado. Paulo Veríssimo, especialista português de renome mundial em cibersegurança, actualmente na Universidade do Luxemburgo, faz investigação na área dos sistemas de alerta e defesa contra os ataques informáticos que podem ameaçar infra-estruturas (tais como a rede eléctrica, as telecomunicações ou o sistema bancário) que são essenciais ao funcionamento de qualquer país.

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